Jornal da Hora
Com cartazes, panfletos, carretéis e pipas coloridas, alunos da rede municipal promoveram ação de conscientização nesta terça-feira (27)
Tema recorrente em manchetes de jornais de todo o país nos últimos meses, o uso da linha chilena entrou em pauta nesta terça-feira (27), na Vila Olímpica Barnabé dos Santos, em Queimados. Com o apoio de agentes da Guarda Municipal e munidos de cartazes, panfletos, carretéis e pipas coloridas, mais de 100 alunos da Escola Municipal Metodista promoveram uma grande ação de conscientização sobre os perigos que este material pode trazer para a população.
O evento fez parte do projeto ‘Metodista contra a Linha Chilena’, que há cerca de duas semanas vem movimentando os 605 alunos da unidade de ensino. De acordo com a diretora Ana Maurício, a intenção da iniciativa é fazer dos pequenos estudante agentes multiplicadores desta mensagem.
“Pensamos que não bastava apenas falar com as crianças sobre os diversos acidentes que vêm acontecendo por causa da linha chilena, tínhamos que trabalhar o conceito mais a fundo. Então exibimos vídeos educativos, confeccionamos materiais de divulgação com os alunos em sala de aula e orientamos a eles que levassem essas informações para suas famílias”, declarou a educadora.
Lilyane Soares (11) e Caio Arruda (12), ambos no 5º ano, eram só alegria por colocar suas pipas no céu. “A gente aprendeu a não usar isso pra não se cortar nem machucar outras pessoas. Falei para todos os meus amigos da rua que temos que usar só linha pura pra ‘cortar’ as pipas e todo mundo entendeu”, disse o menino.
Presente na ocasião, o Secretário Municipal de Educação, Lenine Lemos, destacou a importância de ações pedagógicas na formação dos futuros cidadãos. “O que está sendo feito aqui vai além de uma simples brincadeira. Nosso alunos estão praticando o que aprenderam em sala de aula e vão se tornar cumpridores de leis de uma maneira natural. Agradeço imensamente ao Prefeito Carlos Vilela por nos dar autonomia e apoio para desenvolver ações como esta em toda a rede de ensino e à equipe da Vila por ceder o espaço hoje”, afirmou o gestor, ao lado do Secretário Municipal de Esporte e Lazer, Júlio Coimbra.
Segurança em prol da brincadeira
Encerada com quartzo moído, algodão e óxido de alumínio, a linha chilena tem poder de corte quatro vezes maior que o cerol (mistura de cola com vidro moído) e é utilizada para obter vantagem durante a prática de soltar pipas. É proibido usar, possuir, portar ou comercializar o material em todo o Estado do Rio de Janeiro (Lei Nº 8478- 18/07/2019).
Para garantir que esta determinação seja cumprida, agentes da Guarda Municipal vêm realizando patrulhamento ostensivo em locais onde há concentração de pessoas que soltam pipa, como o entorno da Vila Olímpica do bairro Pacaembu e as margens do Rio Camarim.
“Recebemos algumas denúncias e, desde então, temos agido de forma preventiva para orientar a população acerca dos riscos trazidos pela utilização desta linha. Estamos aprimorando nossas ações no cumprimento da lei estadual e distribuindo informativos educativos para esclarecer a crianças e adultos que a prática de soltar pipa não está ameaçada, mas precisa ser feita com responsabilidade”, concluiu Enéas Teixeira, comandante do órgão.
Foto: Divulgação
