Projeto de jiu-jitsu da Guarda Municipal de Belford Roxo forma 44 alunos – 14/12/19

Um projeto da Secretaria de Segurança Pública e Mobilidade Urbana de Belford Roxo, em parceria com a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, está dando um “golpe de mestre” na ociosidade de crianças e adolescentes, que se formaram e trocaram de faixa no curso de jiu-jitsu. A solenidade foi realizada na Vila Olímpica, no bairro Nova Piam.

 Julio Cesar e Jenifer Silva com os três filhos matriculados no jiu-jitsu

No total, 44 alunos se formaram, sendo feita a seguinte distribuição por faixas: roxa (3), azul (16), amarela (13), cinza (11) e verde (1). Os três alunos da faixa roxa serão, a partir de agora, monitores do curso. Um deles é Wanderson Marins, 19, capoeirista que entrou para o jiu-jitsu em 2016. Morador do bairro Barro Vermelho, em Belford Roxo, o atleta destaca que, quando está no tatame, a capoeira e o jiu-jitsu se completam. “Uso as técnicas de um e de outro nas lutas. O jiu-jitsu me ensinou mais o tempo de pegada e de esquiva. A capoeira trabalha a cintura e o alongamento. Sei que minha responsabilidade como monitor irá aumentar a partir de agora”, disse Wanderson, que aprendeu capoeira na Vila Olímpica de Belford Roxo. Os outros dois monitores são Robson Ferreira da Silva e Alexandre Chacal.

O guarda municipal Fábio Von, idealizador do projeto e faixa preta em jiu-jitsu, destacou que a iniciativa começou há quatro anos na sede da Guarda Municipal, mas se deslocou para a Vila Olímpica por causa da grande procura. São 250 alunos matriculados que participam das aulas de segunda a quinta-feira sob as orientações do próprio Von e dos professores Alex Silva (guarda municipal e faixa preta) e o instrutor Arnaldo Batista (faixa marrom). “Se nesse projeto surgir algum campeão mundial de jiu-jítsu, ficarei feliz. Mas o principal objetivo é formar cidadãos”, disse Fábio Von, ao lado do chefe da Guarda Municipal, Fábio Souza, e dos professores faixas preta Rodrigo Costa, Victor Santana, Andrey Lisboa, Lucia Cordeiro e Victor Cordeiro.

As aulas são ministradas em diversos horários, de segunda a quinta-feira (manhã, tarde e noite). As inscrições podem ser feitas diariamente na Vila Olímpica (Rua Lecílio, s/n), das 9h às 19h. É necessário apresentar os seguintes documentos: cópias de identidade, CPF, comprovante de residência, duas fotos 3X4 e atestado médico. Em caso de menor de idade, o responsável deverá efetuar a matrícula apresentando todos esses documentos, além da declaração escolar do aluno. A idade mínima é seis anos.

Mãe ‘mora’ na Vila Olímpica com três filhos

“Praticamente, moro na Vila Olímpica”. A frase é da dona de casa Jenifer Silva dos Santos Fonseca, 29 anos, que ficou eufórica aos ver os filhos Gabriel dos Santos, 9, Daniel Fonseca, 4 e Carla Kamilly, 11, trocarem de faixa. Moradora do bairro Dimas Filho, Jenifer enfatizou que, além do jiu-jítsu, Gabriel e Daniel jogam xadrez e futebol, enquanto Carla pratica ginástica rítmica. “Percebo que meus filhos melhoraram muito na questão de disciplina, obediência, dedicação e compromisso. Além disso, as notas deles subiram”, comentou Jenifer, que recebeu uma medalha como símbolo da mãe que mais ajuda no projeto.

Os formandos trocaram de faixas durante a solenidade na Vila Olímpica

Ao lado da mãe, Carla Kamilly lembra que Jenifer a estimulou para o jiu-jítsu quando viram a reportagem sobre os dois estudantes (Guilherme Taucci e Luiz Henrique de Castro) que, em março deste ano, entraram na Escola Municipal Raul Brasil, em Suzano, região metropolitana de São Paulo, e mataram cinco alunos. “Vi a cena em que uma menina (Rhyllary Barbosa, que estuda na unidade) tenta fugir e é cercada por um dos matadores. Ela agarra os braços dele, tenta balançá-lo e consegue desestabilizá-lo. Feito isso, a menina corre. Depois descobri que ela lutava jiu-jítsu e passei a incentivar minha filha”, conta a mãe orgulhosa, observada pelo marido Júlio César de Melo Fonseca, que é pintor e concluiu rapidamente um trabalho para poder ver os filhos trocarem de faixa. “É um orgulho”, resumiu o pai

A assistente administrativa Luci Tatiana, 40, que também recebeu a medalha de mãe participativa, destacou que o filho Gabriel Barbet, 16 está há um ano e meio praticando jiu-jítsu na Vila Olímpica. “O desempenho dele ficou muito melhor na escola. Os benefícios do esporte são em todos os aspectos”, finalizou Luci, vendo o filho mudar para a faixa azul.

Fotos: Divulgação PMBR

Veja também

Maricá estreita laços com Portugal e faz intercâmbio de experiências – 28/01/25

A Prefeitura de Maricá está em missão em Portugal para estreitar laços comerciais e prospectar …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support