Jornal da Hora
Quem está cadastrado recebe medicação gratuita por meio do Programa de Hipertensão e Diabetes
Diabética do tipo I desde os 10 anos de idade, a moradora de Japeri Luciana Matias da Silva,42 trava uma batalha diária: a de manter a dieta e as orientações médicas. Desempregada e ainda sofrendo de forte anemia, que dificulta seu acesso ao mercado de trabalho por sentir-se muito cansada, a dona de casa tem como única saída o kit de medicamentos que recebe todos os meses por meio do Programa de Hipertensão e Diabetes, oferecido gratuitamente pela Secretaria Municipal de Saúde.
<a target="_blank" href="https://www.amazon.com.br/app?_encoding=UTF8&linkCode=ib1&tag=amazon1509-20&linkId=181b623e2a96b5df6fb8e3d84deb570a&ref_=ihub_curatedcontent_90e1abda-8fe6-4e12-a474-a2a50625add4">Aproveite as vantagens do app da Amazon.com.br</a>“Se eu precisasse comprar os medicamentos não teria condições. Dependo de insulina e sei que as lancetas são caras. Consigo tudo aqui e não falta nada”, contou, acrescentando que tem dificuldade de fazer dieta.
No dia da reportagem Luciana levou um susto. Saiu de casa com o nível de glicose 130 e ao ter a glicemia verificada pela enfermeira, às 10h, já havia subido para mais de 300 o nível de açúcar no sangue, mesmo fazendo o uso da insulina pela antes de sair de casa.
Para se ter ideia da importância do Hiperdia na vida dos pacientes, um glicosímetro (aparelho que mede a glicose) chega a custar mais de R$200 dependendo da marca. O kit contém além do aparelho, lancetas, seringas e fitas. Os pacientes idosos usam caneta ao invés das seringa.
O que é o programa
Atualmente com 700 pacientes cadastrados, o Programa Hiperdia tem por objetivo acompanhar todos os pacientes hipertensos e diabéticos da cidade. De acordo com a coordenadora, Daniela Miranda, a equipe encontrou o programa parado com 150 pacientes aguardando pelo serviço nas unidades da UMEP e em Japeri.
Segundo a coordenadora, a porta de entrada é a consulta com o clínico geral, que avalia a necessidade de medicação oral ou de insulina. Neste caso, ele passa para o controle do endocrinologista com avaliações mensais ou até semanais, em casos mais graves da doença. Para estes casos, os diabéticos contam com um médico cirurgião para cuidar do pé diabético.
“O paciente diabético precisa ter consciência de suas dificuldades. Caso não sigam as orientações, as complicações podem chegar à perda de membros ou até a cegueira”. Explicou a médica.
A endocrinologista alertou ainda que as gestantes e crianças acometidas da doença precisam ter avaliações mais frequentes.
Outra observação é que pacientes com diabetes e hipertensão correm mais riscos de lesões cardíacas e vasculares, como AVC ou renais.
Fotos: Júlia Cavalieri
