Mostra do artista plástico Marcos Cardoso fica no espaço até 27 de abril, sempre de terça a domingo das 9h às 17h
A Prefeitura de Maricá abriu no sábado (27/01), na Casa de Cultura, a exposição ‘Geometria Cósmica’, do artista plástico Marcos Cardoso. Na mostra são expostas peças feitas de materiais como sacolas plásticas, embalagens de produtos diversos e até palitos de fósforos, que ganham diferentes formatos. Com curadoria de Edmilson Nunes, a exposição fica montada até o dia 27 de abril, sempre de terça a domingo das 9h às 17h.
Marcos Cardoso explica que um dos objetivos é mostrar a possível destinação de objetos que normalmente viram lixo.
“Isso é parte deste conceito de geometria cósmica, porque a geometria é usada desde o tempo das cavernas para entender a natureza. Isso inclui o material descartado pelo homem, que consome coisas e ainda não sabe o que fazer com o que sobra, ainda estamos aprendendo”, avalia o artista.
Com formação em Belas Artes, Cardoso é natural de Paraty e mora em Maricá há cerca de 30 anos. Com trabalho apresentado pelo mundo, ele agradeceu pela primeira oportunidade de poder expor sua arte na cidade onde vive.
“Fico grato à prefeitura por me oportunizar a chance de mostra meus trabalhos aos meus vizinhos. Tenho trabalhos em museus do Brasil e do mundo, e até David Bowie tinha uma peça criada por mim. Mas eu sentia falta de mostrar o que sabia fazer aqui onde moro. Essa exposição tem um pouco dessa memória afetiva”, afirma o artista de 63 anos, que tem o atelier na casa onde mora, no Recanto de Itaipuaçu.
Mostra com lixo reciclado
Para o artista audiovisual Thiago Saraiva, de 33 anos, ver outro artista da cidade expondo abre uma perspectiva para os outros colegas.
“Isso sempre reverbera em nós, porque traz a possibilidade de que também tenhamos espaço”, disse ele, que identificou uma mensagem ambiental na exposição. “Isso nos faz pensar no lixo que geramos e pensar também na função da reciclagem, sem falar que é um material incomum sendo utilizado, e com costura”, observou.
Morador do Spar, o músico Lucas Matos, de 28 anos, percebeu formas familiares nas peças expostas.
“Tem uma feita com fósforos que parece uma montanha russa, mas há as que parecem um quebra-cabeça, é interessante. Gostei também do relevo, das cores e das texturas”, enumerou o visitante.
Fotos: Katito Carvalho/Divulgação PMM