Janeiro Roxo: Conscientização da hanseníase tem busca ativa de pacientes, em Japeri – 01/02/24

As campanhas possibilitam a disseminação da informação e o acesso ao tratamento  

A Prefeitura de Japeri, por meio da subsecretaria de Vigilância em Saúde, realizou na quarta-feira, (31), a campanha de conscientização do ‘Janeiro Roxo’. A ação tem como objetivo o enfrentamento da Hanseníase e a disseminação de informações que irão contribuir para o rompimento dos preconceitos sobre a doença e a busca ativa de pacientes. O encontro aconteceu no Centro Municipal de Especialidades, em Engenheiro Pedreira. 

As campanhas possibilitam a disseminação da informação e o acesso ao tratamento  

Segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Renata Lameira, a doença que já causou muito sofrimento no passado, condenava os seus portadores a conviverem com o preconceito e até o isolamento social. “Pessoas afetadas pela hanseníase são frequentemente discriminadas e estigmatizadas. Esta situação repercute negativamente no acesso ao diagnóstico, na busca por atendimento e no resultado do tratamento, além de violar direitos civis, políticos e sociais. Por isso, fortalecemos as campanhas e ações que possibilitem o acesso ao tratamento e a informação”, explicou a gestora. 

A cidade de Japeri possui o Programa de Eliminação da Hanseníase que atua com o objetivo de desenvolver um conjunto de ações para fortalecer a vigilância epidemiológica da hanseníase. As atividades acontecem em parceria com a subsecretaria de Atenção Básica, e na data de hoje, a  equipe realizou o acolhimento de pacientes com casos suspeitos a partir da busca de sintomáticos de pele, que são pacientes com algum sinal que indique um comprometimento de saúde.  

“A campanha é informativa. Conta com a distribuição de materiais explicativos, ações de educação em saúde e palestras na sala de espera. Lembramos sempre que a doença tem tratamento e cura, e pode gerar incapacidades” disse a coordenadora do programa, Fernanda Moraes.  

As campanhas possibilitam a disseminação da informação e o acesso ao tratamento  

Aguardando para ser atendida, a paciente que prefere ser chamada de ‘Vera”, tem 52 anos, é dona de casa e relata que ficou assustada quando sua filha avistou manchas avermelhadas pelo corpo. “Primeiro eu achei que era uma alergia, mas não passou com os dias e nem com uso de antialérgico. Foi aí que o alerta surgiu e resolvi passar pela equipe do posto que me agendou. Agora é ver a avaliação”, relatou ela e foi para o atendimento, ouvindo da coordenadora Fernanda as primeiras orientações sobre o programa. “As nossas ações têm como objetivo identificar os novos pacientes, avaliar e tratar com a expectativa de cura”, finalizou. 

Sinais de Alerta 

A hanseníase é uma doença infecciosa que pode gerar incapacidades. Ela dispõe de diferentes formas de apresentação clínica. O tratamento da hanseníase pode demorar de seis meses a dois anos.  

Os principais sinais e sintomas da hanseníase: diminuição ou perda da sensibilidade na pele; manchas brancas, acastanhadas ou avermelhadas na pele; sensação de formigamento, choque ou dormência nos braços e pernas; cãibras frequentes; caroços na pele; diminuição ou queda de pelos, especialmente nas sobrancelhas; menor produção de suor pela pele afetada; fraqueza em partes do corpo; ressecamento ou sensação de areia nos olhos; deformidades no nariz ou cavidade nasal.  Em alguns casos, podem surgir sintomas como febre, dores nas articulações, manchas dormentes e caroços dolorosos na pele.

Fotos: Divulgação PMJ

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