A injeção de recursos, por meio do Acelera Funarj, transforma infraestrutura de espaços icônicos, como os teatros João Caetano, no Centro do Rio, e Arthur Azevedo, na Zona Oeste .
Em um movimento significativo rumo à valorização da cultura, o Governo do Rio, por meio da Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj), desenrola o tapete vermelho para o programa Acelera Funarj, iniciativa que promete revitalizar o cenário cultural com modernidade e acessibilidade. Com um investimento inicial de R$ 12,7 milhões, previsto para atingir R$ 26 milhões até o final do ano, o programa busca restaurar emblemáticos espaços culturais para o povo fluminense.
– Nosso objetivo com o Acelera Funarj é mais do que renovar espaços, queremos que a cultura no Rio seja acessível para todos. O programa é a expressão do nosso compromisso com a cultura, oferecendo aos espaços culturais do Rio a oportunidade de se reinventarem. Investir neles é uma forma de garantir que a nossa rica história e arte continuem vivas e sejam compartilhadas pela presente e futuras gerações – explica o governador Cláudio Castro.
O Teatro João Caetano, no Centro do Rio, está na vanguarda deste esforço de renovação. O espaço terá sua estrutura modernizada incluindo a instalação de painéis solares, aparelhos de ar-condicionado e a atualização de todo o sistema elétrico. Sem reformas estruturais desde a década de 70, o teatro contará com investimentos de R$ 4,6 milhões, o maior empreendimento do Acelera Funarj até o momento. As obras estão sendo executadas pela Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop-RJ).
— Essa reforma dará uma sobrevida maravilhosa ao teatro. Agora, teremos a possibilidade de acolher eventos modernos e receber um público mais amplo – ressalta Marcos Edom, diretor do João Caetano.
Zona Oeste contemplada
Enquanto o Teatro João Caetano recebe um novo fôlego, a renovação se estende a Campo Grande, na Zona Oeste da capital, onde o Teatro Arthur Azevedo será transformado em um centro cultural, com investimentos de R$ 1,4 milhão. O projeto inclui a expansão para 350 lugares, criação de um espaço multifuncional, nova área administrativa e reformas estruturais.
Moradora de Campo Grande, a professora Adna Silveira está ansiosa pelas modificações. Ela acredita que o equipamento será um espaço cultural de qualidade para a comunidade.
— O teatro é um marco para nós, e saber que será ainda melhor é uma ótima notícia. Certamente, frequentarei muito com minha filha – comemora Adna.
O Acelera Funarj expande sua atuação além dos teatros João Caetano e Arthur Azevedo, abrangendo mais espaços culturais. Estão sendo aplicados investimentos no Teatro Glaucio Gill (R$ 1,7 milhão), em Copacabana, incluindo atualizações em infraestrutura e acessibilidade, e na Sala Cecília Meireles, que adotará soluções sustentáveis como energia solar. A Emop-RJ também está à frente das revitalizações no Teatro Glaucio Gill e no Museu do Ingá, em Niterói.
Em Niterói, os museus do Ingá (Museu de História e Artes do Rio de Janeiro) e Antônio Parreiras estão entre os contemplados com o projeto, além do teatro Armando Gonzaga. A tradicional Casa Marquesa de Santos, em São Cristóvão, uma das primeiras edificações tombadas pelo Iphan, que ainda resgata a história desde os tempos de Brasil Império, também está na lista. A Casa de Oliveira Vianna, em Niterói, e o Teatro Mário Lago, na Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio, também estão de cara nova por conta do programa.
De acordo com o presidente da Fundação, Jackson Emerick, o Acelera FUNARJ tem como proposta entregar resultados significativos e fomentar oportunidades, emprego e renda para o estado do Rio de Janeiro:
— Essas iniciativas refletem nosso compromisso inabalável em tornar a cultura mais acessível e enriquecer a oferta cultural para a população. Acreditamos que a cultura é um pilar fundamental para o desenvolvimento social e econômico do nosso estado.
Paralisação
Devido às reformas em andamento, os teatros Arthur Azevedo, Armando Gonzaga, Glaucio Gill e João Caetano estão com eventos temporariamente suspensos. Esta medida garante a qualidade das obras e vai assegurar um retorno com ambientes revitalizados e apropriados para novas demandas.
Fotos: Divulgação/Gov. Est. Rj