O programa ensina as turmas do ensino fundamental I e II a dizer não às drogas e à violência
Ser positivo, responsável e respeitoso; aprender a ser seguro e confiável; reconhecer os tipos de drogas e saber a importância de dizer não a elas. Agora na rotina de todas as segundas-feiras dos alunos da Escola Municipal Aristides Arruda, em Japeri, esses e muitos outros ensinamentos estarão presentes. Foi o início do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), uma parceria entre a Prefeitura de Japeri, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Segundo a subgestora da unidade, Joelma Venâncio, este dia, marca um momento importante para os alunos das quatro turmas de quinto ano da unidade. “Essa data é marcante para todos nós, porque é um programa estruturado e que traz para os nossos alunos ensinamentos técnicos em uma linguagem acessível que vai nos proporcionar novos diálogos, debates, mas, principalmente esclarecer sobre escolhas e as consequências”, disse.
O Proerd possui uma estrutura pedagógica alicerçada em lições que são ministradas obrigatoriamente por um policial militar fardado, que atua como um educador social e fortalece o trinômio: Polícia Militar, Escola e Família. A Cabo Thássia, do 24º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelas aulas, explica que a família é onde as histórias têm origem, onde os alunos têm contato com a identificação das primeiras drogas vendidas em qualquer bar da esquina e que destrói famílias, cigarro e bebidas alcoólicas.
“Aqui, nesse primeiro contato foi possível listarmos uns 10 tipos de drogas. Mas nosso Programa não é somente sobre elas. Mas é sobre escolhas, desde termos o discernimento de não magoar o colega, até dizer não às drogas. Trabalhamos o Modelo de Tomada de Decisão Proerd (MTDP) e fazemos um esforço cooperativo”, contou a policial militar.
A ação acontece também na unidade escolar Darcílio Ayres Raunheitti, ambas em Nova Belém e as aulas duram em média 60 minutos por um período de dois meses para alunos dos ensinos fundamental I e II. Juntas as unidades somam cerca de 500 alunos atendidos.
Dinâmica na sala de aula
Durante a aula, os alunos participaram de uma dinâmica com escolhas de caminhos a percorrer, e foram apresentadas as consequências das escolhas diante de uma imagem com opção 1 e 2 momentos em que estarão sozinhos. “Com as aulas eles aprendem a definir, analisar, decidem a hora da tomada de decisão e depois avaliam as ações que tiveram. E aí eles veem se fizeram uma boa escolha ou se arrependem”, explicou Thássia.
O aluno João Gabriel, muito participativo, falou das opções que se apresentam no caminho e citou que até os medicamentos são drogas e devem ser usados como orientação médica. “Até com remédios devemos ter cuidado. Eu uso bombinha de asma e fui usar demais e acabei tendo que ir para o hospital. Nunca mais faço isso”, disse após relatar o exercício de análise, decisão e avaliação que precisou fazer na prática.
Os alunos irão confeccionar uma caixinha de perguntas para que as dúvidas sejam depositadas de forma anônima e respondidas durante as aulas, mantendo o sigilo em caso de citação de nomes.
A professora da turma 503, Nelma de Souza, destacou a função educativa do Programa. ” O Proerd é uma educativa maravilhosa, faz com que os alunos aprendam a dizer não às drogas e à violência tão presentes na realidade deles. Com certeza a melhor idade de falar sobre temas tão sérios como esses, é agora”, relatou ela, que está à frente da turma de 32 alunos.
A turma ainda treinou o lema de silêncio: luz, câmera ação, (bater duas palmas) drogas não!
Fotos: Divulgação PMJ
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