Centro de Referência da Mulher Brasileira debate a ‘Mulher e seus papéis sociais’ – 27/05/24

O evento aconteceu na sede do equipamento e reuniu equipe técnica e usuárias em um papo dinâmico e com muita reflexão

Um bate papo dinâmico e com dinâmicas reflexivas sobre a ‘Mulher e seus papéis sociais’. Com essa temática, a equipe do Centro de Referência da Mulher Brasileira Alvanira de Souza (CRMB), realizou na última quinta-feira, (23), uma tarde de comemoração pelo mês das mães. O encontro aconteceu na sede do equipamento, no bairro São Jorge. 

A coordenadora, Regiane Ribeiro, fez uma retrospectiva do papel da mulher ao longo da história. Os aspectos comportamentais, a influência da religião, os métodos educacionais, a luta por direitos, as conquistas e os destaques de mulheres que se sobressaíram vivendo à frente do seu tempo e conquistando outros espaços como carreira no futebol, na política, na literatura e nas artes foram pontos de destaque da conversa.  

O evento aconteceu na sede do equipamento e reuniu equipe técnica e usuárias em um papo dinâmico e com muita reflexão

Os dias atuais foram contextualizados pelas usuárias presentes no evento que se descreveram como trabalhadoras, agentes sociais, donas de casa e protetoras da família. Em todos os relatos um ponto comum, ser mãe, juntamente com todas as outras atribuições.  

O ponto alto ficou por conta das dinâmicas intituladas, ‘Tudo que faço pelo meu filho’ e ‘Bingo da culpa materna’, que resultou em ser uma unanimidade os sacrifícios que as mães fazem pelos filhos e as inúmeras situações em que se sentem culpadas por serem às vezes permissivas, não tão formais ou fazerem a tv de babá. “Hoje as mulheres fazem tantas atividades que se sentem por vezes cansadas. E essas culpas são sentidas mesmo quando elas se veem no limite das forças”, disse Regiane.  

Mãe de um casal já adultos, Rosimere de Souza, falou do sentimento de não ter amamentado porque seu leite secou antes do tempo, e de não ter acompanhado o crescimento dos filhos devido ao trabalho. “Todos os nossos momentos foram maravilhosos, mas sinto ter perdido parte do desenvolvimento deles por motivos de trabalho. Acaba sendo uma saudade”, disse ela, moradora de Engenheiro Pedreira.

Uma interação entre equipe, usuárias e o conceito de maternidade

Com uma equipe formada por mulheres e mães, as profissionais também interagiram com as usuárias e apresentaram suas versões da maternidade. A assistente social, Andrea Barreto, falou de como agia com seus dois filhos e de como por vezes se sentia cansada. Do outro lado da sala, a jovem Larissa de Souza, também mãe de dois filhos, concordava com os sacrifícios que a maternidade exige. “Eu faço tudo  pelos meus filhos, vou atrás de tratamento e dos direitos deles. Hoje, eu vi que eu sou uma mãe 100% dedicada”, disse Larissa.

O encerramento foi com a conclusão das dinâmicas em que as mães gabaritaram na dedicação e também na culpa. A psicóloga Regiane deixou a mensagem de que o importante é que não ocorra o desencontro entre a mulher e a mãe, e que todas tenham sempre um batom na bolsa. “Não podemos nunca deixar de reconhecer nossas potencialidades e nossas dificuldades também. Somos mães, mulheres e precisamos sempre ter o que nos lembra do cuidado e do amor que sentimos por nós. Tenham sempre um batom na bolsa, ele realça a beleza e estimula a vaidade. E todo filho gosta de dizer que a mamãe tá bonita”, finalizou.

Foto: Divulgação PMJ

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